As mulheres ficam preocupadas em consumir muito cálcio, pensando que assim poderão prevenir a tão temida osteoporose, e se esquecem que não basta colocá-lo no organismo. Ele tem que ir para o lugar certo: os ossos. Mas para isso acontecer corretamente é necessário magnésio, que é o maestro dos minerais, vitamina D e mais 24 nutrientes! E, depois desse cálcio se fixar nos ossos, é preciso evitar sua perda desnecessária. Como? De várias maneiras.
A primeira delas é não consumindo bebidas gasosas, nem água gasosa, pois este gás “rouba” o cálcio dos ossos. Outra bebida complicada é à base de cafeína, que inclui o tão apreciado cafezinho, além de chás e bebidas em geral. Outro “veneno” que influencia na perda do cálcio, sendo eliminado pela urina, é o sal.
Mas outra forma muito importante e que quase ninguém fala é quando tornamos nosso sangue ácido (isso se chama acidose metabólica). Isto pode acontecer por causa de algumas doenças, mas (pasme!) o que comemos interfere diretamente na acidez (ou não) do nosso sangue. Uma alimentação contendo muita proteína de origem animal faz isso. E não confunda essa Acidose Metabólica com a ingestão de alimentos ácidos, pois o limão pode ser “ácido”, mas alcaliniza nosso sangue.
Vou listar os alimentos e medicamentos que mais nos prejudicam, por ordem decrescente de importância: sal (é o primeiro do ranking), cerveja (ainda por cima tem glúten), açúcar, antibióticos, queijos processados, sorvetes, carne de vaca, lagosta, farinha branca, frituras, óleo de semente de algodão, castanha do Pará (ou do Brasil), soja e aspartame.
Lembre que, apesar de esses serem os piores da lista, existem outros alimentos que contribuem para a perda de cálcio. Você deve estar se perguntando: como fazer já que estes alimentos são tão comuns em nosso dia a dia? A resposta é comer bastante alimentos que fazem o contrário, isto é, alcalinizam nosso sangue, como folhas verde-escuras, legumes e frutas, em grandes quantidades.
Um dos nutrientes mais importantes, em todo esse processo de fixar cálcio nos ossos, é a vitamina D. Para se ter uma ideia, de cada 100 pacientes que vêm ao consultório, 80 estão com seus níveis de vitamina D baixos.
Lembre-se, você pode até comer algo da primeira lista, mas pode equilibrar com alimentos da segunda lista!
Dra. Gisela Savioli é nutricionista clínica, escritora, articulista da Revista Canção Nova e apresentadora do Programa “Mais Saúde”, pela TV Canção Nova.
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