A imagem de Nossa Senhora Aparecida aparece nas águas do rio Paraíba, e o lindíssimo: aparece de cor negra. Ela foi a porta para o Filho do Altíssimo entrar. É aquela que destrói as diferenças, fazendo-se a diferença. Sim, quando Ela se faz negra, asiática, indígena, ela quebra paradigmas e, em cada lugar, se apresenta de maneira diferente para se assemelhar. Com mil nomes, formas, imagens, pinturas e maneiras de se apresentar, é a mesma Maria.
Já notou que ninguém é igual? Mesmo nós, brasileiros, temos nossas diferenças, e somos totalmente diferentes dos japoneses, dos chineses, de outros asiáticos, dos indígenas do México, dos nossos irmãos da Índia, do polo norte…
Infelizmente se olharmos as guerras, o terrorismo, tudo isso surgiu por causa das diferenças. O que mais nos separa são as nossas diferenças… E Maria vem destruir as diferenças, se fazendo diferente.
Como exemplo: Nossa Senhora Aparecida foi colhida no rio Paraíba, uma imagenzinha de cor negra, porque naqueles tempos se vivia o horror da escravatura. Os senhores das fazendas, dos cafezais, dos canaviais, dos engenhos, escolhiam as negras mais lindas para serem suas mucamas, usadas e abusadas sexualmente. Vergonhosamente, na cara da família!
Por isso, Nossa Senhora apareceu nas águas do rio Paraíba semelhante a uma delas. Até o aspecto dela é de uma moça da cor negra, como que dizendo: “Minhas filhas, eu não concordo de maneira alguma com aquilo que fazem com vocês, eu sofro com vocês. E para acabar com essa maldita diferença, eu me faço como uma de vocês”.
Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova, presidente da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, em Cachoeira Paulista (SP) e reitor do Santuário do Pai das Misericórdias. É um dos religiosos que mais se destacou utilizando os meios de comunicação na ação evangelizadora da Igreja Católica, na América Latina. Autor de 57 livros, CDs e DVDs, além de várias palestras em áudio e vídeo.