Na imagem do rio que entra no mar e do mar que entra no rio, percebemos que o rio morre para si. O mar é muito maior. E na medida que o rio morre para si, o mar vai entrando dentro dele. A água do rio se torna salgada como a água do mar.
O Senhor nos diz que é preciso fazer isso. Daí sim teremos ideias, pensamentos de Jesus em nós. Veremos com os olhos de Jesus as pessoas, e não mais com os nossos, talvez maliciosos, cobiçosos, gananciosos, orgulhosos, maldosos, indiferentes.
Veremos os acontecimentos mais contraditórios e sofridos, os desastres, tudo com os olhos de Jesus.
Não vamos ficar sem ideias ou conceitos, não vamos deixar de raciocinar, mas não teremos mais uma mentalidade tão pobre, egoísta, mesquinha e orgulhosa. Teremos a mentalidade de Cristo. É impressionante, porque é preciso morrer para si!
O rio é pequenininho em comparação com o mar, e se fizesse barreira, seria inútil, ele continuaria com suas águas barrentas. Logo, iria poluir porque ficaria parada, sem nenhum resultado. Mas o rio se deixa invadir, misturar pelo mar.
Quanto mais o rio se deixasse penetrar, mais o mar seria “mar” no rio. Quanto mais a gente se deixa despojar, se esvazia de si mesmo, da nossa mentalidade, pensamentos, ideias, planos, projetos, mais Jesus será tudo em nós.
Quando cultivamos o pecado em nossos olhos, na mente, pensamentos, Cristo não tem ação porque o que está operando é o pecado, e Ele é o oposto ao pecado. É preciso matar o pecado na nossa carne para que Jesus viva em nós, pois, na medida que damos morte ao pecado, Cristo vai tomando conta.
Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib,
Fundador da Comunidade Canção Nova, presidente da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, em Cachoeira Paulista (SP) e reitor do Santuário do Pai das Misericórdias. É um dos religiosos que mais se destacou utilizando os meios de comunicação na ação evangelizadora da Igreja Católica, na América Latina. Autor de 57 livros, CDs e DVDs, além de várias palestras em áudio e vídeo.