* Por Felipe Aquino
A ciência não consegue explicar os sinais milagrosos da imagem de Nossa Senhora que apareceu no manto rústico do índio asteca São Juan Diego, em 1531. Experiências científicas realizadas indicam tratar-se de fenômeno inexplicável à luz das leis da natureza.
Nenhum pintor conseguiria efetuar tal imagem. Nossa Senhora apareceu ao índio e disse a ele que pedisse ao primeiro Bispo do México, Dom Juan de Zumárraga, para construir uma capela no lugar denominado Cerro de Tepeyac. O Bispo pediu ao índio que lhe levasse uma prova convincente de que dizia a verdade. Alguns dias mais tarde retornou Juan Diego levando uma porção das chamadas “rosas de Castilla”, que não podiam florescer naquela estação do ano (mês de dezembro) e que ele afirmava terem sido entregues pela própria Virgem, a fim de que as mostrasse ao Bispo.
O jovem trazia as flores na túnica de juta e quando as entregou ao Bispo, milagrosamente a Imagem da Virgem ficou estampada no seu rústico manto. Isto foi narrado em língua náhualt no século 16.
Foi tão grande a devoção dos índios astecas e tantas peregrinações para render culto à imagem, que o evento foi até mencionado por Bernal Diaz del Castillo em sua magna crônica da conquista de Nova Espanha.
Os exames científicos realizados por especialistas na Imagem de Guadalupe chamam a atenção para vários fatos: a especial conservação do rude tecido. Durante séculos esteve exposto, sem maiores cuidados, aos rigores do calor, da poeira e da umidade, e todavia sua tessitura não se desfibrou, nem tampouco desvaneceu a admirável policromia. O tecido com fibra de ayate se decompõe por putrefação aos vinte anos. A túnica de 1531 já dura mais de quatrocentos e oitenta anos sem se rasgar nem decompor, e é imune à umidade e à poeira.
A peça foi analisada pelo cientista alemão e prêmio Nobel de Química, Richard Kuhn, que concluiu: Os corantes da imagem “não pertencem ao reino vegetal, nem ao mineral e nem ao animal.”
O doutor Callagan, da equipe científica da NASA, e o professor Jody B. Smith, catedrático de Filosofia da Ciência na Pensacolla College submeteram a imagem guadalupana à análise fotográfica com raios infra-vermelhos. As suas conclusões foram as seguintes: é inexplicável, à luz dos conhecimentos humanos, que os corantes impregnem fibra tão inadequada e nela se conservem. Não há esboços prévios, a imagem foi pintada diretamente. Não há pinceladas. A técnica empregada é desconhecida na história da pintura.
O famoso oculista hispano-francês, Torija Lauvoignet, e o Dr. Aste Tonsmann, que capta as imagens da Terra transmitidas no espaço pelos satélites, fizeram a digitalização da imagem em 1980, e encontraram na íris do olho da imagem a cena exata do índio entregando as rosas ao Bispo, o mesmo episódio relatado em náhualt por um anônimo escritor indígena e editado em náhualt e em espanhol por Lasso de la Veja, em 1649.
* Felipe Aquino é professor de física e matemática, autor de mais de 70 livros e apresentador dos programas “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na TV Canção Nova, e “No Coração da Igreja”, na Rádio Canção Nova. Em julho de 2012 recebeu o título de “Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno”, concedida pelo Papa às pessoas que se destacam no seu trabalho, em prol da evangelização, em defesa da fé e do desenvolvimento da Igreja Católica.