Devemos vencer o mal com o bem

Quando desejamos ser bons, Deus entra em ação, pois é o oposto do mal. Se há maldade em nós, somos o oposto de Deus. Enquanto estivermos persistindo no mal, Ele não terá como se aproximar de nós. A maldade é como o ácido: corrói o nosso coração e toda a nossa vida.

Parece um contrassenso, porque ainda hoje nós pensamos que o mal deve ser vencido pelo mal, se nos agridem, nós devemos agredir também, se nos odeiam, devemos odiar e destruir o inimigo. 

Só que não é nada disso. O mal acaba consigo mesmo, se devora. Se você quer uma demonstração, veja o que o câncer faz, destrói a si mesmo, por isso, destrói a pessoa. E todo mal é assim. Por isso, devemos vencer o mal pelo bem.

Porque se nós pegarmos em armas, ou usarmos os meios humanos, da violência para mudar as situações, seja na nossa vida, na nossa casa, na nossa sociedade, no nosso Brasil, as coisas poderão mudar num momento, mas como essa mudança não aconteceu com as “armas” de Deus, mas pelas armas humanas, logo logo irá mostrar um outro mal, pior do que o primeiro.

As armas de Jesus eram amar, perdoar, reconciliar-se, trazer a paz. E por isso eles não puderam aceitar. Para eles, Jesus não era o Messias. Porque o Messias para eles deveria ser de acordo com a mentalidade deles. Pegar em armas e também derrubar os romanos.

Mas naqueles tempos e nos dias de hoje, a arma de Deus para mudar as coisas é um coração manso e humilde. Isso quer dizer alguém que ama, perdoa, se reconcilia, a partir de si mesmo. É o exercício de nos amarmos, perdoarmos e até aceitarmos nossas fraquezas e fragilidades, porque Deus é muito maior que o nosso pecado.

Embora se depare com seus próprios erros, pecados e talvez vícios, você pode contar com a misericórdia infinita do Senhor, que vê a sua luta. Embora você não esteja conseguindo ainda sair dos seus defeitos e pecados, Deus não deixa de amar você! Pelo contrário, Ele está lutando com você, ao seu lado, para você superar. 

Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova, presidente da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, em Cachoeira Paulista (SP) e reitor do Santuário do Pai das Misericórdias. É um dos religiosos que mais se destacou utilizando os meios de comunicação na ação evangelizadora da Igreja Católica, na América Latina. Autor de 57 livros, CDs e DVDs, além de várias palestras em áudio e vídeo.