É preciso abrir o coração para viver um tempo novo

Beethoven foi um grande músico, e era surdo. Seu pai era neurótico e batia a cabeça do filho na parede. Com isso, Beethoven, ainda menino, foi perdendo a audição. Para escutar o que compunha, ele encostava o ouvido no piano e sentia a vibração das cordas. A música estava na cabeça dele, e ele a escrevia, mas sem escutá-la. Beethoven não queria ser surdo, mas era, e justamente por isso, ele lutou contra a surdez e fez coisas maravilhosas.

Em geral, dizemos que somos pecadores, fracos, maliciosos, “nervosos”, sensuais… E porque nos sentimos assim, nos entregamos e acabamos nos tornando mais sensuais, maliciosos, brutos e egoístas. Mas é preciso agir como Beethoven, fazendo da doença que temos, que se chama pecado, trampolim para subir mais alto.

De tempos em tempos, Deus nos traz coisas novas. O Senhor vai desdobrando o que Ele mesmo criou, vai nos apontando realidades novas e nos conduzindo por rumos novos, que antes nem podíamos imaginar.

Um coração que adora o Senhor não perde a capacidade de se maravilhar diante dessa obra de restauração que Deus realiza. Não temos como parar. Não temos como envelhecer. Somos e seremos sempre novos quando nos abandonamos nas mãos de Deus.

É preciso abrir o coração para viver um tempo novo. Agora é o tempo da graça, o tempo oportuno. Tudo o que ficou para trás precisa ser deixado no coração de Deus. Não fique se lamentando, com os olhos voltados somente para os problemas. Olhe para o Senhor! Os olhos d’Ele estão voltados para você e para a sua casa.

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova, presidente da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, em Cachoeira Paulista (SP) e reitor do Santuário do Pai das Misericórdias. É um dos religiosos que mais se destacou utilizando os meios de comunicação na ação evangelizadora da Igreja Católica, na América Latina. Autor de 57 livros, CDs e DVDs, além de várias palestras em áudio e vídeo.