É preciso domar nosso orgulho

Infelizmente, nós somos orgulhosos, e muito autossuficientes. Mas nosso orgulho não passa de tolice, porque, depois, a própria vida, os próprios acontecimentos mostram o que são as nossas capacidades.

Na verdade, uma gota de sangue a mais ou a menos no nosso cérebro nos faz uma pessoa que perdeu todo juízo ou raciocínio, toda a capacidade. Eu me lembro bem de um médico que conheci quando vivi em São Paulo, muito conhecido, era de uma competência fora do comum, mas também orgulhoso, até na maneira de falar já mostrava isso.

No auge de sua carreira teve um problema vascular nas veias que irrigam o cérebro. Muito rapidamente perdeu o controle, o uso da razão, e toda a medicina e ciência dele foi embora. Em questão de meses ficou com uma vida vegetativa.

Era uma pessoa grande e geniosa, a vida inteira foi muito orgulhoso. Deus o tenha na Sua glória, que tenha conseguido toda remissão ainda nesta vida. Como foi uma pessoa muito orgulhosa, autossuficiente, perdeu o uso da razão.

Era incapaz de comer por si só, sujava tudo. Aonde foi o orgulho daquele homem? Parece que a própria vida o “humilhou”. Mas eu apenas apontei esse homem para nós termos um exemplo concreto. Gente, o que é o nosso orgulho, autossuficiência, senão tolices?

Em vez de sermos orgulhosos, vaidosos, precisamos ser como diz o Salmo 131: “Eu fiz calar e sossegar a minha alma”. Colocar nossa ganância e ambição – que são filhas muito próximas do nosso orgulho -, em freios é uma questão de decisão! De vez em quando temos alguns ímpetos, mas aí depende de nós por freios. 

Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova, presidente da Fundação João Paulo II, mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, em Cachoeira Paulista (SP) e reitor do Santuário do Pai das Misericórdias. É um dos religiosos que mais se destacou utilizando os meios de comunicação na ação evangelizadora da Igreja Católica, na América Latina. Autor de 57 livros, CDs e DVDs, além de várias palestras em áudio e vídeo.