*Elaine Ribeiro
As festas de fim de ano estão aí! Comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Luzes, árvore de Natal, presépio, casa sendo ajeitada, até mesmo com uma pintura e uma pequena reforma, para a reunião em família, troca de presentes, e confraternizações.
Caminhamos para o encerramento de mais um ano, que marca também o fechamento de ciclos nas empresas, escolas, faculdades, grupos sociais. Avaliações, provas, planejamentos, revisão de vida, entre outras coisas nos sobrecarregam a mente, as emoções e o corpo.
Um tempo de agitação, mas também que nos faz repensar a vida, tempo de refletir como o ano iniciou e findou. Porém, muitas pessoas não vivem esse período no clima de felicidade, de conquistas e prosperidade ou de um ano que tenha sido bom para comemorar.
Muitos fatores podem contribuir para que algumas pessoas não se sintam bem nessa época do ano. Esses ciclos que se fecham, podem ter sido experiências traumáticas, e são avaliados com tristeza, gerando ansiedade, angústia, frustração e insatisfação até mesmo em decorrência de situações familiares como brigas, separação, morte, casos de alcoolismo, entre outros.
São muitos os eventos que nos remetem aos sentimentos de falta, saudade, vazio, tristeza. O mais importante em tudo isso é avaliar se é algo momentâneo, ou que tem se repetido ao longo dos anos; e se for o caso, torna-se necessário ser acompanhado por um psicólogo, por exemplo, visto que traz sofrimento.
Mais do que festas e compras, tão marcantes nesse tempo, é importante que possamos estar, dentro do possível, tranquilos, avaliando de forma realista o que aconteceu conosco. Se existe perdão para viver, se há planos a serem retomados, ou se até exageramos alguma meta, que comprovou-se irrealista, enfim, tentar colocar tudo em ordem.
Ao perceber que esses sintomas negativos aparecem em você, é importante buscar ajuda para uma melhor qualidade de vida. Algumas pessoas trazem consigo a depressão, a ansiedade ou a angústia de anos. Quando nos depararmos com uma pessoa que vive essa situação, evitemos uma imposição, ou seja, procuremos não forçar para que o outro fique feliz e alegre e, necessariamente, sinta o mesmo que sentimos. Da mesma forma, tente não aplicar suas regras ou julgamentos!
O que de melhor podemos fazer ao outro é acolher sua dor, mesmo que nos pareça “boba” demais. Ofereçamos ajuda! E se chegarmos à conclusão que nós estamos nessa situação, com pendências a serem resolvidas, amizades feridas, procuremos resolvê-las, tão logo seja possível.
*Elaine Ribeiro é psicóloga clínica e organizacional da Fundação João Paulo II / Canção Nova.
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